PITCHER, c.1935-1950
Aleluia Factory, Aveiro, Portugal
Factory Model: 29 C
Painted and glazed ceramic.
H: 24 cm
Marked: Hand painted in black «Aleluia-Aveiro» and «C».
PT/ Jarro de faiança moldada com decoração estampilhada a castanho escuro e apontamentos manuais a aguada acastanhada sobre fundo creme, representando flores,folhas e ramagens, de sabor vagamente renascentista, ladeado por uma pega que elegantemente se une ao bocal. O bocal e a expressiva asa de cor castanho ligam-se ao corpo com um remate em friso de bolas com aguada de castanho numa intenção cromática de transição para a cor creme de fundo. Na parte inferior este motivo repete-se de forma ondulada e liberta o corpo central.
A peça apresenta um restauro em todo o seu redor através da utilização de “gatos” muito bem colocados o que confere a esta peça um especial carácter.
No fundo da base, pintado à mão na cor castanho, «Aleluia Aveiro», e «C». Inscrito na pasta «29».
Esta jarra aparece representada no Catálogo de loiças decorativas das Fábricas Aleluia-Aveiro,de inícios da década de 40, na pag.02, com o nº 29-C
Fonte: modernaumaoutranentanto.blogspot.com
Aleluia Factory, Aveiro, Portugal
PT/ A Fábrica Aleluia foi fundada em 1905 por João Aleluia, um pintor ceramista que fez carreira desde muito novo na Fábrica da Fonte Nova, também em Aveiro, encerrada em 1904. Depois da sua morte em 1935, a viúva e os dois filhos mostraram-se dignos seguidores da obra paterna pela grande projecção que conseguiram dar à empresa.
Responsável por uma das produções de faiança decorativa mais cosmopolitas do século XX em Portugal, a Fábrica Aleluia, Aveiro, afirmou-se pela moderna inventividade das sua criações. Apesar das notórias influências internacionais, a Aleluia conseguiu, ao longo dos anos, criar um conjunto de linhas de produção, com uma gramática decorativa própria, claramente distintiva dos contextos nacional e internacional. Numa primeira fase, a fábrica apostou sobretudo na qualidade técnica da pintura, aplicada sobre formas estruturalmente simples, muitas vezes de raiz clássica. Mas, nas décadas de 50 e 60, as formas tornam-se escultóricas, tirando partido da assimetria e da fluidez das linhas curvas, como se de órgãos vivos se tratassem. Acompanhado as tendências do design cerâmico ocidental, inéditas em Portugal, a originalidade destas peças reside no diálogo entre as formas e um eficiente grafismo de cores fortes, sublinhando os detalhes e acentuando a organicidade dos volumes.
Após a sua venda no início dos anos 70, a empresa termina com a produção da faiança decorativa e abandona as suas instalações na Fonte Nova em Aveiro.