Vase, 1956
Painted and glazed ceramic
Made in F.V.L., Viúva Lamego Factory, Lisboa
Signed: CARGALEIRO MC1956
H: 45 cm ø 16 cm
PT/
Manuel Cargaleiro “Comecei a minha vida de artista como ceramista e sou ceramista mesmo quando faço pintura a óleo. Não consigo imaginar uma coisa sem a outra. As minhas duas práticas, claro que se influenciam mutuamente. Não posso esquecer todos os meus conhecimentos sobre a história da faiança ou sobre a decoração mural quando pinto, assim como não esqueço a minha cultura pictórica quando crio em cerâmica. Está tudo muito ligado, e é isso que constitui a minha especificidade. Eu não copio os meus quadros nos azulejos: pinto diretamente sobre a faiança, sem desenho prévio, como numa tela.”
Manuel Cargaleiro
Nas suas peças cerâmicas a partir de 1952 tal como na sua pintura, encontram-se motivos abstratos de contornos definidos, signos e geometrias, cores fortes e pinceladas gestuais. Em 1954, Manuel Cargaleiro conheceu Maria Helena Vieira da Silva e Árpád Szenes e realizou a sua primeira viagem a Paris. Tido como anos de transição, assinala o primeiro contacto do artista com o Abstracionismo da Segunda Escola de Paris. As obras de Manuel Cargaleiro enchem-se agora de estruturas geométricas mais elaboradas, aliadas a ritmos de linhas gestualistas numa dinâmica raionista.
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