Eduardo Constantino

(n. 1948, Caldas da Rainha, Portugal)

PT/

Eduardo Constantino nasceu nas Caldas da Rainha, em 1948. Depois de alguns anos a praticar pintura sobre tela, iniciou-se na cerâmica com Guilherme Barroso, que acabou por se tornar o seu mestre na roda. Em França, onde se radicou em 1976, Eduardo Constantino confrontou-se com as altas temperaturas, grés e porcelana, e aperfeiçoou-se na química dos vidrados.

Em 1991, instalou o seu atelier na cidade bretã de Quimperlé.

As suas peças estão presentes em várias colecções públicas e privadas, entre as quais o Museu Nacional do Azulejo, o Museu da Ceramica das Caldas da Rainha , a fundação Cargaleiro, Seixal, o FRAC ( Fundo Regional para a Arte Contemporanea ) França, o Museu Palissy de St Avit , la Capelle Biron, França, o Museu Grassi de Leipzig Alemanha, o MIAAO de Torino, Italia.

“Sempre gostei de cores fortes e de jogar com vidrados sobrepostos. Como sou eu que os fabrico, posso variar as texturas ad infinitum e combinar cores mates com brilhantes para dar mais relevo ao conjunto. Aplico os vidrados com pincéis, como um pintor, nas peças que foram previamente cozidas a 1000 graus. As cores só aparecem após a segunda cozedura a 1300°, sobre grés ou porcelana, num forno a gás, em cozedura redutora ou oxidante, o que me obriga a imaginar, durante a fase de decoração, o efeito final. Por vezes completo o aspeto pictórico global com uma aplicação de ouro numa terceira cozedura a 850°/900°.”

Eduardo Constantino, 2024