Vasco Pereira da Conceição

(1914, Bombarral-1992)

PT/

Vasco Pereira da Conceição tem 16 anos quando expõe pela primeira vez trabalhos de escultura nas Caldas da Rainha, cidade onde frequenta o curso Técnico-Profissional da Escola Industrial e Comercial de Rafael Bordalo Pinheiro. É ainda no ano de 1930 que executa o seu primeiro Monumento à Aviação para o Largo dos Aviadores da Vila do Bombarral.

Ingressa no curso de Escultura da ESBAP, mas é na ESBAL que, em 1946, se diploma. Durante este período trabalha na organização da Exposição do Mundo Português (1940), onde colabora com os Mestres Escultores Leopoldo de Almeida e Canto da Maia. Ainda como estudante obtém, pela ESBAL, a Bolsa Ventura Terra e uma Menção Honrosa da SNBA, e participa na IX Missão Estética de Férias (Évora, 1945). Em finais dos anos 40 é eleito membro da Direção da SNBA. É o mais assíduo participante das EGAP, estando presente nas dez exposições realizadas (1946-1956), e Membro da sua Comissão Organizadora.

Realiza durante as décadas de 40 e 50 inúmeros trabalhos de encomenda públicas, obras de estatuária essencialmente figurativa e evocativa, preferencialmente realizadas em bronze e referentes a figuras célebres como Diogo Gomes, Honório Barreto ou Artur de Paiva, cuja implantação teria lugar em contexto colonial. Dedica-se ainda à medalhística, área em que editou cerca de centena e meia de medalhas cunhadas e fundidas, algumas constituindo dos mais interessantes exemplares desta disciplina, e de cuja aprendizagem não são alheios os ensinamentos de João da Silva, figura de relevo no panorama nacional da medalhística portuguesa do princípio do século XX. Destaca-se ainda a execução de monumentos vários, obras escultóricas de uma mais liberta linguagem plástica, da qual é paradigmática a Figura Feminina Decorativa, em mármore, datada de 1958, instalada na zona de estadia do Parque Eduardo VII (Lisboa).

Bolseiro da FCG em Paris (1958), juntamente com Maria Barreira (com quem vem a casar e colaborar em diversos trabalhos), Celestino Alves e João Hogan, é ainda neste ano que lhe é atribuída a Medalha de Ouro de Escultura na Exposição Internacional de Bruxelas.

Está representado em diferentes coleções e museus, designadamente Museu de Arte Contemporânea de Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Malhoa das Caldas da Rainha, Museu da Cidade de Amarante, Museu do Neo-Realismo, Museu Municipal do Bombarral, entre outros, assim como em muitas coleções particulares, tanto nacionais como estrangeiras.

 

COLECÇÕES E MUSEUS ONDE ESTA REPRESENTADO:

  • MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA, LISBOA;
  • FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN, LISBOA;
  • MUSEU DE ARTE MODERNA, FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN;
  • MUSEU MALHÔA, CALDAS DA RAINHA;
  • MUSEU DA CIDADE DE AMARANTE;
  • MUSEUS DA FIGUEIRA DA FOZ, OVAR, ÍLHAVO, AZAMBUJA. ALCOCHETE;
  • MUSEU MUNICIPAL DO BOMBARRAL, EXPOSIÇÃO PERMENENTE DESDE 1990

A estes dois beneméritos, Vasco P. da Conceição e Maria Barreira, deve o Museu o seu nome e a existência de um valiosíssimo espólio de medalhística e escultura com materiais tão diversos como mármore, gesso, madeira, bronze e pedra. As suas esculturas são um convite à percepção de um percurso claro nas linhas de força da obra moderna e figurativa.

  • MUSEU  DO NEO-REALISMO, VILA FRANCA DE XIRA;
  • FAZ PARTE DE MUITAS COLECÇÕES PARTICULARES, TANTO NACIONAIS COMO ESTRANGEIRAS, NOMEADAMENTE ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA, ALEMANHA, ESPANHA, SUÉCIA, JAPÃO, U.R.S.S., ETC.
  • MUITOS DOS SEUS TRABALHOS, ALÉM DOS MUSEUS, TAMBÉM SE ENCONTRAM EM EDIFÍCIOS E JARDINS PÚBLICOS NO NOSSO PAÍS.