A CERÂMICA BOMBARRELENSE LDA

Bombarral, Portugal (1944-1954)

A Cerâmica Bombarrelense Lda, Bombarral, Portugal

PT/

Alberto Morais do Vale, escultor e ceramista de mérito, director da Escola Caldense é o fundador em 1944 da fábrica A Cerâmica Bombarralense Lda. Dedica-se à faiança, produzindo louça decorativa e azulejo.

A fábrica foi também local de encontro artístico e político. Julio Pomar e Alice Jorge, Vasco Pereira da Conceição e Maria Barreira, David de Sousa, Stella de Brito, Hernani Lopes, entre outros, são alguns dos que o frequentam. O ambiente cultural e estético era vincado pelo neo-realismo.

Na década de 50, António Dias Coelho faz experiências de cerâmica na Bombarralense. Foi nela também que, em 1944, o jovem pintor de cerâmica Ferreira da Silva, vindo de Coimbra aos 16 anos, principiou a sua carreira.

Foi nela também que, em 1944, o jovem pintor de cerâmica Ferreira da Silva, vindo de Coimbra aos 16 anos, principiou a sua carreira. Em painéis datados de 1954, a assinatura deste artista é acompanhada da menção “Estúdio Jorge Almeida Monteiro”, designação provavelmente inspirado no Estúdio que Hansi Staël abrira pela mesma altura na SECLA, nas Caldas da Rainha.
No princípio da década de 1950, o escritor João Fragoso veio à Cerâmica Bombarralense testar e produzir azulejos de uma encomenda para as novas instalações do Regimento de Infantaria das Caldas da Rainha, inauguradas em meados de 1953.
Em 1954, a Cerâmica Bombarralense fechou, na sequência de um incêndio. O respectivo alvará, na parte que autorizava a produção de porcelana, foi adquirido por elementos da família alcobacense Da Bernarda, com o qual viria a montar a unidade fabril SPAL.